Complicado



Hoje li no "Jornal de Notícias" que o Futebol Clube do Porto tem, actualmente, 63 jogadores sob contrato. Sim, sessenta e três (escrevo por extenso para que não se enganem).

Se considerarmos um plantel médio, com 25 jogadores, daria para construir duas equipas e mais uma de futsal. São números impressionantes, mas que não deixam de ser surpreendentes, porque se se levar em conta os últimos anos "pós-Mourinho", o FCP fartou-se de contratar. E infelizmente, fê-lo em quantidade e pouco em qualidade, dando exemplos como: Pitbull, Areias, Alan, Sokota, Lucas Mareque, Ezequias, Sonkaya, etc.
Obviamente que assim, a situação financeira do clube torna-se difícil. Imaginem o que é pagar mensalmente os salários a estes jogadores todos, sendo que quase dois terços deles nem jogam pelo clube.

Ora, esta situação gera problemas a nível económico para o clube, que já não é famoso. E o que me deixa chateado é que o clube para dar um equilíbrio às contas vende os jogadores fundamentais. Isto parece um pouco irracional: então um clube que tem jogadores em excesso, vende aqueles que lhe proporciona sucesso a nível desportivo? Não seria normal o FCP vender os excedentários, conseguindo algum desafogo financeiro, possibilitando assim a permanência de craques como Quaresma, Lucho, Anderson e Pepe?

Não é de agora que se critica as opções da SAD, mas acho que está na altura de os adeptos tomarem alguma acção como forma de protesto para esta política de gestão.

Como é que é possível que o FCP tenha sucesso a nível interno e/ou externo se o clube compra jogadores medíocres e vende os bons?

O Porto realmente hoje em dia mais parece a Santa Casa, com tantas ofertas. Empresta 4/5 jogadores ao Leixões, mais 2 à Académica, outros tantos ao Guimarães, Setúbal e Leiria. Fora os que vão jogar para o estrangeiro, emprestados.

Mas tenho também que referir que uma parte substancial destes 63 são os ex-juniores, portanto, jogadores promovidos à equipa principal e que estão a rodar em outros clubes, por exemplo: Zequinha, Bruno Gama, Nuno Coelho, Paulo Machado. Mas quer dizer, com tantos jovens e muitos com maior valor do que os brasileiros que chegam ao clube, não seria de apostar neles? Pelo menos são jogadores que sentem a camisola, dão tudo em campo.

E o que me preocupa é que caso o Porto venda o Lucho, Pepe e/ou Quaresma, vai novamente ganhar milhões. E adivinhem onde irão ser investidos? Pessoalmente, até nem me importava que todo esse dinheiro fosse para equilibrar as contas, prescindindo até de novos reforços. Mas a verdade é que amanhã a SAD vai buscar 3/4 brasileiros que nunca ninguém ouviu falar, e que pouco darão ao clube.

Para terminar, aqui fica um excerto da notícia do JN:

"
O F. C. Porto tem sob contrato 63 jogadores, incluindo os últimos reforços Mário Bolatti e Luis Aguiar. Da época passada saíram Vítor Baía, Anderson e Ricardo Costa. O plantel idealizado por Jesualdo Ferreira fica abaixo das 27 unidades. Por isso, muitos não cabem no Dragão.

(...)

Na linha avançada, Pitbull e Maciel estão entre os "inadaptados". Pitbull, que ingressou no ano dos três treinadores - Del Neri/Victor Fernández/José Couceiro -, só fez meia época no Dragão. Depois disso, já jogou nas Arábias, no Brasil e na Académica. Foi dado como reforço do Leixões, mas não se concretizou. Para Matosinhos segue Diogo Valente. Contratado ao Boavista, nem se deu por ele nos campeões. Maciel, trunfo de Mourinho no ano da vitória em Gelsenkirshen, durou pouco nos azuis e brancos e fez a última época no Braga, sendo certo que não faz parte dos planos."


O notícia está neste link.

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