Convocados: FCP x Naval

O FC Porto já divulgou a lista de convocados para o jogo de amanhã, frente à Naval.

Registam-se várias alterações, provavelmente fruto da má exibição do FCP na Madeira e claro do regresso do Quaresma e Tarik.

Sendo assim, eis a lista de convocados:

Guarda-redes: Helton e Nuno;
Defesas: Bosingwa, Bruno Alves, Lino, Cech, João Paulo, Pedro Emanuel
Médios: Kazmierczak, Lucho González, Raul Meireles, Paulo Assunção, Mariano.
Avançado: Adriano, Lisandro, Quaresma, Farias e Tarik Sektioui.

Daqui resulta que, Hélder Postiga, Leandro Lima, Bolatti e Fucile saem da equipa e regressam Quaresma, Tarik e Farias.

O jogo é amanhã (domingo), no Dragão, às 20h15. Um jogo a contar para a última jornada da primeira volta da BWIN Liga, onde o Porto lidera com 7 pontos de vantagem sobre o segundo classificado.



Declarações do treinador, Jesualdo Ferreira, sobre o jogo que se aproxima:

Antes das férias, disse que essa pausa seria importante para recuperar os jogadores psicologicamente. Regressados ao trabalho, pergunto-lhe se o período de descanso surtiu o efeito que desejava?
Nós só sabemos as consequências quando as coisas acontecem e, no futebol, o que faz operacionalizar as nossas ideias são os jogos. Em termos de trabalho, posso dizer que está tudo ligado àquilo que são os nossos objectivos mais próximos e estou seguro de que o que projectei para estes dias de pausa foi conseguido. Os jogadores regressaram bem, com os parâmetros físicos desejados, e o trabalho tem sido positivo. Estamos prontos para recomeçar o campeonato, sabendo que vamos fazê-lo contra uma equipa difícil, que tem feito uma boa recuperação na prova e que, apesar de os seus últimos dois jogos não terem corrido tão bem, vai certamente visitar o Dragão muito motivada e com a perspectiva de poder dificultar o jogo do F.C. Porto. Da nossa parte, queremos tornar este jogo fácil, actuando de acordo com a matriz de muitos jogos que fizemos até agora, e obviamente ganhá-lo.

Tem-se falado muito daquele que foi um período menos bom do F.C. Porto em Janeiro de 2007. Há margem para alguma comparação no que diz respeito a 2008?
Nunca há dois momentos nem dois quadros iguais. O que aconteceu no ano passado já lá vai, mas recordo que nem por isso o F.C. Porto deixou de ser Campeão Nacional. É importante lembrar que há diferenças – no ano anterior, por esta altura, por exemplo, tínhamos menos dois pontos de vantagem sobre o segundo classificado do que temos agora e, como tal, não acredito que o que aconteceu na temporada transacta se vá repetir. No futebol, pode haver, em alguns momentos, cenários parecidos, mas nunca iguais.

Tendo em conta o elevado número de jogos que o F.C. Porto ainda tem pela frente até ao final da época, concorda que poderá sentir, nesta segunda metade do campeonato, uma maior necessidade de lançar na equipa titular jogadores que vieram esta temporada para o clube?
É sempre complicado projectar o nosso trabalho num espaço de tempo tão avançado, mas mantenho a mesma filosofia com que iniciámos a temporada. Saímos com uma estrutura que é a melhor e, por isso, se mantém, e temos procurado integrar no seu devido tempo os novos jogadores, esperando que se torne cada vez mais fácil para eles interiorizar as nossas ideias e operacionalizá-las em campo. O rendimento e as vitórias são os factores que qualificam uma equipa e a boa época que o F.C. Porto tem realizado – desde já ter garantido a passagem aos oitavos-de-final da UEFA Champions League até ter vindo a provar, inequivocamente, que é a melhor equipa da campeonato –, é precisamente um atestado de qualidade desta estrutura que utilizamos. Sempre afirmei que não era fácil jogar no F.C. Porto e penso que todos os jogadores já se aperceberam dessa realidade. A prova disso é que, tanto os que jogam regularmente como os que jogam menos, continuam a trabalhar e a lutar todos os dias por um lugar na equipa. O mesmo raciocínio se aplica no que diz respeito à chamada «janela de mercado de Inverno». A estratégia do F.C. Porto é manter ao máximo a sua estrutura e não faz sentido ir buscar jogadores que não possam discutir palmo a palmo um lugar na equipa.

Qual será o impacto de estar um mês sem Tarik Sektioui?
O Tarik é um jogador importante, que tem feito um bom início de época, mas não vamos ficar a chorar por ele. Vamos jogar com as mesmas ambições e com os mesmos objectivos que temos hoje.

Nuno Gomes, avançado do Benfica, disse que, se Lisandro tivesse ido para o Benfica, teria sido dispensado. Concorda com esta afirmação?
Ele está no Benfica, portanto há que dar crédito às suas palavras, mas não me cabe a mim comentar essa afirmação.

Mas o que há de diferente, em relação aos outros clubes, na integração dos jogadores no F.C. Porto?
Não me compete a mim (nem quero) falar dos outros clubes. Em relação ao F.C. Porto, sabemos a forma como trabalhamos e a grande questão que se coloca para nós é avaliar os jogadores e depois procurar potencializar as suas capacidades, sabendo que isso leva o seu tempo e que envolve muitas pessoas e muitas ideias.



Pedro Silva, jogador do Sporting, disse que os jogadores do F.C. Porto têm falado muito no título e aconselhou-os a jogarem mais e falarem menos. Que comentário lhe merece esta observação?
Nunca ouvi os jogadores do F.C. Porto falarem no título. O que disseram foi que se sentiam bem pela vantagem conquistada até ao momento no campeonato, por traduzir o reconhecimento do trabalho que têm vindo a desenvolver.


O F.C. Porto teve algum peso no lançamento da Liga Intercalar. Que ilações tem tirado dos jogos realizados?
Boas. Eu sempre disse que a Liga Intercalar é um espaço em que os jogadores de vários escalões do F.C. Porto têm oportunidade de jogar. O objectivo primordial da prova é os atletas poderem usufruir de um espaço competitivo interessante no seu desenvolvimento semanal e penso que isso tem sido conseguido, sobretudo se olharmos para a evolução, sob o ponto de vista de compreensão do jogo, que os juniores têm revelado.

E essas questões importam-lhe mais do que os resultados?
É claro que ninguém joga para perder, mas, na globalidade, penso que a Liga Intercalar deve ser encarada como um espaço, acima de tudo, para melhorar rendimentos. É importante perceber que não estamos a falar de uma equipa que treina especificamente para a Liga Intercalar. Há um conjunto de condicionantes que obedecem àquilo que nós pretendemos para aquele momento de competição e não para aquele jogo.

Por aquilo que tem visto, acredita que Rui Pedro e Castro, dois jogadores que se têm destacado de alguma forma na competição, podem ser uma mais-valia para o F.C. Porto no futuro?
O Rui Pedro, o Castro e o Ventura são atletas que foram integrados no plantel principal do F.C. Porto obedecendo a duas ideias claras: primeiro, pelo facto de serem jogadores da formação do clube que demonstraram, enquanto juniores, boa capacidade; e depois, porque considerámos – e já perspectivando a criação da Liga Intercalar – que seria o momento óptimo para serem observados para o futuro. É natural que a Liga Intercalar seja a prova que mais os preencha, o que tem alguma lógica. É daquilo que fizerem nesta competição e nos treinos que vai seguramente sair o seu futuro.

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