FUTEBOL




Aqui fica uma entrevista realizada pelo jornal diário
OJogo a Lisandro López.

"O JOGO | Os primeiros seis meses no FC Porto correram-lhe melhor do que os últimos...
LISANDRO | Sim, é verdade. À excepção de alguns jogos em que estive lesionado, comecei logo como titular, tive a sorte de marcar golos e sentia-me bem, cómodo. Depois, o treinador mudou o sistema, ao qual não me adaptei da melhor maneira, e isso prejudicou-me. Baixei de rendimento, perdi a regularidade e as coisas não voltaram a ser como de início. Passei a jogar menos e isso, para um avançado, é complicado, porque, muitas vezes, entra-se apenas por uns minutos e quer-se mostrar tudo nesse tempo. Adriaanse é um treinador de ataque e rigoroso em todos os detalhes. Muitos questionaram as suas ideias, mas ele manteve-se firme e, no fim, provou que não estava enganado.

P | E por que razão lhe custou tanto adaptar-se ao novo sistema?
R | Porque estava habituado a movimentar-me em todo o ataque e, com a mudança, passámos a atacar com mais gente e isso limitou-me os espaços. Mas, não me desesperei. Fez parte da adaptação que temos de superar quando se chega a uma equipa nova, apenas isso. Alguns disseram que tinha chegado gordo depois das férias de Natal na Argentina, que não tinha sido cuidadoso, mas não foi assim. Aliás, quando regressei a Portugal, pesava menos do que quando parti de férias. Uma coisa não teve nada a ver com a outra.

P | Não se sentia cómodo como segundo avançado?
R | Temos de respeitar as decisões do treinador. Sempre joguei como um número 9, metido na área, ainda que não me custasse sair, recuar uns metros. Mas é verdade que me sinto mais cómodo na área. A mudança de posição tirou-me oportunidades para corresponder ao que as pessoas e a equipa esperavam de mim: golos. Como não os fiz, perdi a titularidade precisamente no momento em que os resultados não eram os melhores. Depois, o FC Porto subiu de rendimento e eu estava de fora. Não marquei tantos golos como desejava. Espero fazer mais na próxima época.

P | Que desafios se propõe para a próxima temporada?
R | Penso que, sendo o meu segundo ano em Portugal, as coisas serão mais fáceis. Já conheço bem a cidade, as pessoas, o treinador, os meus companheiros. Então, só depende de mim. Vou-me esforçar ao máximo para ganhar um lugar na equipa e, com regularidade, sei que posso render muito mais. Isso vai traduzir-se em golos."

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